10 tipos de Fraudes no Ecommerce

Em Problemas em máquinas de cartão por André M. Coelho

No mundo digital de hoje, as compras online se tornaram uma conveniência indispensável. No entanto, essa facilidade vem com seu próprio conjunto de riscos, principalmente fraudes no ecommerce.

Conhecendo os mais comuns de fraudes enfrentados por comerciantes e consumidores no ecommerce, você terá insights sobre como identificar e prevenir esses riscos.

O que é fraude no ecommerce?

Fraude no ecommerce refere-se a qualquer atividade ilegal ou enganosa que ocorre durante transações online. Isso pode variar desde o uso de cartões de crédito roubados até a manipulação de sistemas de pagamento para obter produtos ou serviços sem pagar.

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Para vendedores, além das fraudes causarem dores de cabeça em relação aos clientes, podem gerar também os chargebacks, que são os estornos solicitados por indivíduos que foram fraudados ou lesados.

Ao reduzir os chargebacks, você também melhora a reputação do seu negócio e pode acabar com taxas e condições mais favoráveis por ser um vendedor confiável no mercado.

Tipos comuns de fraude no digital

As fraudes mais comuns no online podem afetar igualmente consumidores e lojistas, sendo necessário se proteger contra esses golpes. (Imagem: MA)

Tipos de fraudes nos negócios digitais

Os bandidos estão cada vez mais criativos, e essa lista abaixo dificilmente cobrirá todos os tipos de fraude. Focamos aqui nos 10 tipos mais comuns no mercado:

1. Fraude de Pagamento

A fraude de pagamento acontece quando criminosos utilizam informações de pagamento roubadas, como números de cartão de crédito, para realizar compras online sem o consentimento do titular do cartão.

Por exemplo, um fraudador pode adquirir detalhes de cartão de crédito através de um site comprometido e usá-los para comprar eletrônicos de alto valor em uma loja online, deixando o verdadeiro dono do cartão com débitos não autorizados.

2. Fraude de Identidade

Esta fraude ocorre quando uma pessoa utiliza dados pessoais de outra, como nome e número de identificação, para realizar transações online.

Um exemplo clássico é o criminoso que, após obter documentos pessoais perdidos ou roubados, abre contas de ecommerce ou solicita crédito em nome da vítima, acumulando dívidas ou realizando compras fraudulentas.

3. Fraude de Chargeback

A fraude de chargeback se dá quando um consumidor realiza uma compra online, recebe o produto ou serviço e, posteriormente, solicita um estorno ao banco ou empresa de cartão de crédito, alegando nunca ter realizado a compra ou não ter recebido o item. Isso pode resultar em perdas significativas para o vendedor, que fica sem o produto e o pagamento.

4. Fraude de Afiliado

Esse tipo de fraude envolve afiliados que empregam métodos desonestos para gerar comissões ou vendas artificiais. Um exemplo seria um afiliado que utiliza softwares para simular cliques ou inscrições em um site parceiro, inflando suas comissões de forma fraudulenta.

5. Fraude de Triangulação

A fraude de triangulação caracteriza-se pela criação de lojas online falsas que coletam dados de pagamento dos consumidores.

Nesse cenário, o fraudador anuncia um produto muito abaixo do mercado, coleta os dados de pagamento do comprador e, em seguida, usa esses dados para comprar o produto em outro site, enviando-o diretamente ao comprador, enquanto permanece com as informações do cartão.

6. Fraude por Interceptação

Ocorre quando o fraudador consegue alterar o endereço de entrega de um pedido após a conclusão da transação. Por exemplo, o criminoso faz uma compra online com dados de cartão roubados e, antes da entrega, contata o vendedor ou a transportadora para mudar o endereço de entrega, conseguindo assim interceptar o produto.

7. Fraude de Conta

Este tipo de fraude acontece quando uma pessoa obtém acesso não autorizado a uma conta online de um usuário e assume o controle, realizando compras ou transferências indevidas.

Um caso típico envolve o uso de técnicas de phishing para capturar credenciais de login de um usuário e, em seguida, acessar sua conta de ecommerce para fazer compras.

8. Fraude de Devolução de Mercadoria

A fraude de devolução de mercadoria acontece quando clientes devolvem um item diferente do comprado ou afirmam falsamente que uma entrega nunca ocorreu para solicitar um reembolso.

Um exemplo seria alguém que compra um smartphone online, recebe o produto e, depois, envia de volta uma versão antiga ou defeituosa do mesmo aparelho, reivindicando o reembolso integral.

9. Fraude Amigável

Este tipo ocorre quando um conhecido do titular do cartão, muitas vezes um membro da família, realiza uma compra sem permissão e o titular contesta a cobrança como fraudulenta. Embora possa não ser intencionalmente maliciosa, essa prática resulta em prejuízos para o comerciante.

10. Phishing e Ataques Cibernéticos

Phishing e ataques cibernéticos são métodos utilizados por criminosos para obter informações sensíveis, como nomes de usuário, senhas e detalhes de cartões de crédito, através de e-mails ou sites fraudulentos.

Um exemplo é o envio de um e-mail que parece ser de uma instituição bancária legítima, solicitando ao destinatário que atualize suas informações de segurança através de um link que leva a um site falso.

Como identificar e prevenir fraudes no ecommerce?

As empresas têm à disposição uma variedade de tecnologias e práticas recomendadas para prevenir fraudes em transações online, garantindo a segurança tanto dos seus negócios quanto dos seus clientes.

Entre as estratégias mais eficazes, destacam-se a autenticação de dois fatores, a análise de comportamento do usuário, o monitoramento constante das transações e a educação de consumidores sobre segurança online.

Autenticação de Dois Fatores (2FA)

A autenticação de dois fatores adiciona uma camada extra de segurança ao processo de login, exigindo que o usuário forneça dois tipos distintos de informações de identificação.

Isso geralmente inclui algo que o usuário sabe (como uma senha) e algo que o usuário possui (como um código enviado por SMS ou gerado por um aplicativo autenticador).

Implementando o 2FA, as empresas podem significativamente reduzir o risco de acesso não autorizado a contas de clientes, mesmo que as credenciais de login sejam comprometidas.

Análise de Comportamento do Usuário

Esta tecnologia utiliza algoritmos avançados para analisar o comportamento de compra e navegação do usuário, identificando padrões que podem indicar atividades fraudulentas.

Por exemplo, uma tentativa de compra feita de uma localização geográfica incomum ou uma série de transações de alto valor em um curto período de tempo podem acionar alertas que permitem às empresas investigar e intervir antes que a fraude seja concretizada.

Monitoramento Constante das Transações

O monitoramento constante das transações permite às empresas detectar e responder rapidamente a atividades suspeitas.

Isso pode incluir a verificação de transações que divergem dos padrões normais de compra, como aquelas que envolvem quantidades anormalmente grandes de produtos ou transações frequentes que falham na autenticação de pagamento.

Ao identificar esses sinais de alerta cedo, as empresas podem prevenir perdas financeiras significativas.

Educação de Consumidores sobre Segurança Online

Além de implementar tecnologias de prevenção de fraudes, é crucial que as empresas invistam na educação de seus consumidores sobre práticas seguras de navegação e compra online. Isso pode incluir a divulgação de informações sobre como identificar e-mails de phishing, a importância de usar senhas fortes e únicas para diferentes contas, e como verificar a segurança de um site de ecommerce antes de inserir detalhes de pagamento.

A conscientização dos consumidores é uma ferramenta poderosa na luta contra a fraude online, pois consumidores informados são menos propensos a cair em golpes.

Adotando uma abordagem multifacetada que combina tecnologia avançada com práticas recomendadas de segurança, as empresas podem criar um ambiente de ecommerce mais seguro para si mesmas e para seus clientes, minimizando o risco de fraude e construindo uma relação de confiança duradoura com os consumidores.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Como posso verificar se uma loja online é legítima?

Para verificar a legitimidade de uma loja online, comece por verificar se o site possui um certificado SSL (indicado por “https” no início do URL e um ícone de cadeado na barra de endereço). Além disso, procure por avaliações e comentários de outros consumidores em fóruns independentes e em redes sociais.

Empresas legítimas costumam fornecer informações claras de contato, como endereço físico, telefone e e-mail. Também é recomendável verificar a presença da loja em órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon, para eventuais reclamações registradas.

O que fazer se eu for vítima de fraude no ecommerce?

Se você acredita ter sido vítima de fraude no ecommerce, a primeira ação deve ser entrar em contato com a instituição financeira emissora do seu cartão de crédito ou débito para informar sobre as transações não autorizadas e solicitar o estorno, se aplicável.

Em seguida, registre um boletim de ocorrência na polícia, fornecendo todos os detalhes e evidências da fraude. Também é importante notificar a loja online envolvida e, se necessário, fazer uma reclamação em órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon ou a plataforma Consumidor.gov.br.

Como as empresas podem melhorar a segurança do ecommerce?

Empresas podem melhorar a segurança do ecommerce adotando uma série de medidas, como implementação da autenticação de dois fatores para transações e acessos, uso de sistemas de análise de comportamento do usuário para detectar atividades suspeitas, criptografia de dados sensíveis dos clientes, e a realização de auditorias de segurança regulares.

É fundamental também promover a educação de consumidores sobre práticas seguras de compra online e manter todas as plataformas de ecommerce atualizadas com as últimas versões de segurança.

Qual é a importância da autenticação de dois fatores na prevenção de fraudes?

A autenticação de dois fatores (2FA) é crucial na prevenção de fraudes porque adiciona uma camada adicional de segurança ao processo de autenticação, exigindo que o usuário forneça dois diferentes tipos de informações para acessar sua conta.

Isso significa que, mesmo que um fraudador obtenha a senha de um usuário, ainda precisará do segundo fator, que pode ser um código enviado por SMS ou gerado por um aplicativo, para realizar uma transação ou acesso.

Assim, o 2FA protege significativamente contra o acesso não autorizado a contas, reduzindo o risco de fraudes.

Como a fraude de chargeback afeta os comerciantes?

A fraude de chargeback afeta negativamente os comerciantes de diversas maneiras. Financeiramente, o comerciante perde tanto o produto vendido quanto o valor da transação, além de ter que arcar com taxas adicionais relacionadas ao processo de chargeback.

Altas taxas de chargeback podem prejudicar a reputação do comerciante junto às instituições financeiras e operadoras de cartão, podendo resultar em condições comerciais menos favoráveis ou na rescisão de contratos.

A longo prazo, isso pode afetar a confiança dos consumidores na loja, reduzindo as vendas e impactando negativamente a operação do negócio.

A prevenção de fraudes no ecommerce é fundamental para proteger tanto os negócios quanto os consumidores. Conhecer os tipos de fraude e implementar medidas de segurança adequadas pode ajudar a minimizar os riscos associados às compras online.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Após ouvir relatos de seus clientes empresariais, André percebeu que existia o receio de aceitar cartões por motivos variados, desde custos até não saber como funcionava uma máquina de cartão. Sendo especialista em finanças e educador financeiro com mais de 300 horas em cursos, André decidiu escrever sobre as máquinas de cartão para ajudar seus leitores e os vendedores que querem entrar neste mundo dos cartões de crédito e débito.

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